O Parque da Devesa é um recente espaço verde urbano situado junto ao centro da cidade de Vila Nova de Famalicão. Com os seus 26 hectares, o parque é um local privilegiado de contacto com a natureza, lazer, convívio e desporto, que se configura como um veículo de excelência para a educação ambiental e para a sustentabilidade, e como uma mais-valia cultural, cívica e ética, propondo-se a contribuir para o crescimento integral dos cidadãos no respeito pelas pessoas, pela natureza pelas gerações futuras.
O rio Pelhe, que atravessa o parque em toda a sua extensão, contribui para a sua beleza e aprazibilidade, para as quais também concorrem a respetiva galeria ripícola, o lago, os carvalhos centenários, as sequóias e outras árvores de grande porte, bem como os penedos graníticos.
Para além da vertente de lazer e contacto com a natureza, o parque propicia a cultura e a educação, vertentes para as quais contribuem os edifícios aí implantados, a Casa do Território, o Anfiteatro, os Serviços Educativos.
A sensibilização para a proteção dos recursos naturais, através da dinamização de atividades que promovam o aumento da biodiversidade, a alteração de atitudes e comportamentos, e que disseminem boas práticas ambientais, é uma das componentes essenciais da missão do parque, na qual também as Hortas Urbanas desempenham um importante papel.
Localizado em quintas rurais abandonadas há décadas, o Parque da Devesa, cujo projeto, da autoria do Arq. Noé Diniz, assentou na requalificação do Rio Pelhe, rio que atravessa a cidade de Vila Nova de Famalicão, e na reconstrução dos edifícios agrícolas pre-existentes, reconvertendo-os para outros usos, com o respeito pela traça original.
Fruto de uma parceria para a regeneração urbana, e correspondendo a aspirações antigas das populações locais, o Parque da Devesa surgiu como uma oportunidade de qualificar um espaço rural que estava ao abandono, potenciando a sua biodiversidade e constituindo-se como uma área ambiental, de lazer e qualificante das condições de vida da população do concelho e da região abrangente, e simultaneamente da imagem e atratividade da cidade.
A construção do Parque incluiu a despoluição e renaturalização das margens do rio Pelhe, que o atravessa, a implantação de um lago, a requalificação dos edifícios rurais das antigas quintas desativadas, transformando-os em equipamentos culturais e educativos, a reinvenção do moinho de água e recuperação dos tanques, a construção de um anfiteatro ao ar livre e de uma rede de percursos pedonais, a limpeza de vegetação infestante e preservação da vegetação autóctone ou de valor paisagístico, e a plantação de mais cerca de 37 mil exemplares de plantas de diversas espécies, incluindo árvores e arbustos.
O parque foi inaugurado em 28 de setembro de 2012, e a sua gestão compete, desde janeiro de 2014, à Equipa Multidisciplinar de Gestão do Parque da Devesa (EMGPD).